A dança e a revolução

Aqui trago um exemplo de como a dança pode ser um movimento social, uma revolução.

A arte é um agente poderoso quando se trata de mudanças, por meio da arte, podemos nos manifestar e expressar. No ballet não seria diferente, um estilo de dança, desenvolvido inicialmente na corte italiana, progredindo e se espalhado pelo mundo até encontrar seu caminho ao Brasil. Essa expressão artística é usada por muitos como uma forma de enfrentar as condições sociais impostas e mostrar ao mundo que a a dança é para todos, independente de sua cor, classe social, gênero e origem.

Desta forma, cito como um grande exemplo de superação e quebra de barreiras a jornada da bailarina Ingrid Silva. Uma brasileira negra, que nasceu em um bairro periférico do Rio de Janeiro, hoje, uma influente bailarina ativista que conquistou seu caminho até os palcos de Nova Iorque (New York). Além de ser uma das maiores jovens bailarinas do mundo, solista do Dance Theatre of Harlem, ela é uma enorme inspiração na luta contra o racismo dentro e fora do mundo do ballet clássico.

A jornada rumo aos seus sonhos começa dentro de você. Essa é a trazida por ela, que por muito tempo seguiu seus sonhos e chegou onde está hoje, mesmo com a presença constante do racismo. Lutando contra a própria estética européia presente nesse meio, a partir do ato de pintar suas sapatilhas de ponta, que anteriormente só eram vendidas em modelos cor-de-rosa ou salmão. Por conta disso, algumas marcas de artigos de dança perceberam seu enorme erro (não disponibilizar sapatilhas que combinam com diversos tons de pele) e mudaram.

Por fim, essa mulher lendária influência de diversas maneiras o mundo no qual vivemos, também servindo de exemplo para tantas mulheres negras ao redor do mundo merece ser reconhecida por suas conquistas. Caso queiram ver um curta metragem que retrata sua jornada segue o link: http://www.sincodiv.org.br/site/noticia-sincodiv-sp-bate-papo-com-ingrid-silva-bailarina-solista-do-dance-theatre-of-harlem-de-nova-york-4223.